Dia Mundial da Arte: 15 de Abril!

Parabéns a todas e todos os artistas deste meu Brasil! É por causa de vocês que conseguimos suportar a tristeza, viver alegrias, compartilhar prazeres, amores e dores. Não existe um design de interiores sem arte e não existe arquitetura sem arte. Um jardim, inclusive, é uma obra de arte viva e em constante mutação! Então parabéns também aos arquitetos paisagistas e aos designers que criam e aprimoram a beleza de um ambiente.

Todos nós já nos perguntamos: o que é belo e o que é feio? Será que a neurociência consegue nos dar uma resposta? Impossível afirmar, mas ela pode nos orientar e dar pistas sobre o gosto individual e o gosto coletivo por objetos, obras de arte e arquitetura.

Existem três teorias principais na neuroestética: a teoria objetivista que diz que a beleza é uma propriedade intrínseca do objeto, a subjetivista que diz que a beleza está nos olhos de quem vê a interacionista que é uma mistura das duas e diz que a beleza depende tanto das propriedades do objeto quanto dos processos cognitivos e emocionais de quem contempla. Muito provavelmente, experimentamos a teoria interacionista quando nos deparamos com um ambiente, um edifício ou uma obra de arte.

As pesquisas mostram que o estado emocional do indivíduo no momento em que ele contempla pode modificar o seu julgamento estético. Ou seja, se eu estiver mais feliz no dia, pode ser que eu veja mais coisas belas, mas se eu estiver triste... Essas mesmas coisas podem não parecer tão belas assim.

Por isso, o designer tem que ficar atento à disposição do cliente quando ele é exposto a um projeto. Às vezes ele não está em um dia bom e o seu julgamento pode ficar prejudicado.

Como contornar isso?

Uma ideia seria primeiro entender o que a pessoa está sentindo para além do julgamento dela de "feio ou bonito". Explicar a ela exatamente isso que eu falei: sua percepção do ambiente pode mudar dependendo do seu estado emocional, não bata o martelo e dê tempo ao tempo. O designer, como falei em outro post, tem que ser, às vezes, um psicólogo mesmo. Haja comunicação! Ufa! Você, como cliente, deve se posicionar, mas também deve estar aberto e considerar que o seu julgamento pode mudar de uma hora para a outra... E muda mesmo!